Vamos tecer histórias?

Gosto de letras, fios e cores. E também de mato, mar, deserto, árvores e bichos.

Por isso ando pensando que o que gosto mesmo de é cerzir letras com fios coloridos, em uma paisagem bem diversa.

Escrevo para pessoas de qualquer idade, mas tenho um gosto especial em escrever histórias de árvores e de bichos para crianças.


Em Tecendo Histórias Encantadas irei compartilhar meu universo de histórias infantis através do que escrevo e apresentar um pouco sobre a natureza real das minhas personagens. Por aqui também vão aparecer, vez ou outra, algumas atividades para serem impressas em casa ou na escola, para que os leitores possam passar um pouco mais de tempo com as minhas histórias.


Mergulhe comigo e boa viagem!

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

A bandarra




Em Sonho de Canoa há uma árvore que sonha conhecer o mar. Ela é a bandarra, uma árvore alta e imponente que tem galhos que parecem abraçar o sol.




Miguel, um menino que sonha fazer sua própria canoa, de acordo com os ensinamentos de seu avô caiçara, encontra a bandarra e os sonhos se entrelaçam.



A bandarra tem muitos outros nomes, como guapuruvu, bandarra, ficheira, bacurubu, guarapivu, pataqueira, pau de vintém, bacuruvoca, birosca e faveira. Ela é uma árvore nativa da Mata atlântica, da Bahia à Santa Catarina e seu nome científico é Schizolobium parahyba.

Ela é uma árrvore alta, que pode atingir de 20 a 30 metros. O tronco é bem largo e suas folhas são formadas por folhinhas menores. Sua floração ocorre de agosto à outubro e os frutos amadurecem de abril a julho. Suas sementes são espalhadas pelo vento e podem ficar até 10 anos dormentes no solo. Seu crescimento é muito rápido e o ciclo de vida curto se comparado a outras árvores de tamanho semelhante ao seu.


Antigamente algumas crianças brincavam com as suas sementes como se fossem moedas ou fichas, por isso é chamada popularmente de ficheira ou pau vintém.

terça-feira, 30 de agosto de 2016



Quando um livro está pronto, espero que ele siga seu próprio caminho sem que eu precise conduzi-lo. Mas a ordem da vida pode inverter muitos processos e, nesse caso, é o livro que me conduz.
Em Sonho de Canoa, Miguel e a Bandarra estão me levando a muitos portos e conquistando muitos leitores.
Em uma manhã ensolarada, à sombra das árvores de Santa Maria Madalena, foi tempo de partilhar histórias de árvores, de bicho e de gente.



Miguel e a Bandarra, na 7ª FLIM


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

O tempo de sonhar é sempre!




      Sonho de canoa é mais um dos meus livro infantis, editado pela Editora Nitpress e com ilustração do parceiro Arthur Abreu. Nessa obra, trilho novos caminhos da Mata Atlântica e e apresento a bandarra, uma árvore que sonha conhecer o mar.

No livro, o pequeno leitor será envolvido por uma história que entrelaça os sonhos de uma árvore e de um menino. Aproximando os sonhadores, vamos conhecer as características biológicas de uma árvore da Mata Atlântica, sem perder o contato com a fauna. Há um tempero diferente nessa história: a cultura tradicional do povo caiçara.

Ultrapassando as fronteiras da informação, a história nos faz pensar que há tempo para tudo na vida, como o tempo de ser árvore e tempo de ser canoa. Não importando o tamanho do sonho ou a possibilidade dele se realizar, o que vale é sonhar. E o tempo de sonhar, é sempre.


Para saber como a história se desenrola, é preciso embarcar nessa leitura sem demora, pois a canoa já foi lançada ao mar. O livro Sonho de canoa já pode ser encontrado no site da Editora Nitpress.

Sonho de Canoa na 7ª FLIM



No próximo final de semana estaremos na 7ª FLIM. Para quem não sabe, é a Festa Literária que acontece em Santa Maria Madalena, uma cidade muito simpática e agradável no interior fluminense.
Vamos de canoa, entre sonhos e palavras, compartilhar uma história encantada na Praça Coronel Braz, no domingo dia 28/8, às 10h da manhã.

Como Miguel e a bandarra descobriram, há tempo para tudo na vida e agora é tempo da nossa história em Santa Maria Madalena.

domingo, 15 de maio de 2016

Bio Bugio




No livro História de um Cambucazinho, o Bio Bugio organiza a bicharada para resolver o "caso do Cambucazinho sumido". Ele é um líder corajoso, inteligente e respeitado por todos.
Estes foram desenhados por Arthur Consídera Abreu.
Gostou?
Pode imprimir e colorir o seu Bio Bugio.


Quem conhece o bugio?

Quem conhece o bugio? E o macaco barbado?
Pode chamá-lo como quiser. Até de macaco guariba.
Mas chame com respeito e carinho. Afinal, ele é um dos maiores primatas da Mata Atlântica (o maior é o muriqui). Além disso, ele tem uma "barba de respeito", formada por pelos bem compridos que que crescem em sua face.

Muitas das vezes em que caminho pela mata, ou nos arredores de uma, ouço o som especial desses primatas muito queridos.Paro logo, com respeito. O seu grito é potente e podemos ouvi-lo a distância. Para mim, é um som que enche os ouvidos e o coração.

Os bugios, como tantos outros animais, sofrem com a redução da cobertura vegetal da Mata Atlântica. Ele vive entre as árvores, se desloca de uma para outra, se alimenta de folhas e frutos, cria seus filhos nos galhos das árvores. Sem árvores, ou com poucas, sua vida fica difícil.

E já vivi a infeliz experiência de ver um bugio caminhando, lentamente e sem jeito, em meio a uma área de pasto seco, muito erodido, cheio de ravinas. A mata estava muito distante. Não sei como, ou se, chegou até ela, mas espero que sim.
Em 2015 houve uma grande queimada na minha região. Como quase sempre, o fogo começou porque "alguém" resolveu "limpar" o pasto com fogo. Prática arcaica, errada e ilegal. Totalmente imbecil e imoral. Um amigo que mora mais perto dessa área me contou, tempos depois, que soube que alguns bugios conseguiram fugir, mas outros foram encontrados queimados em meio a floresta destruída. Tenho esperança nos que conseguiram fugir...

A espécie do bugio é a Alouatta fusca.
Essa família foi clicada por Cláudio Quevedo, um amigo da Bio que captura a poesia que nos rodeia em Cores e Formas.




quarta-feira, 11 de maio de 2016

Vamos colorir?


Vamos colorir?

O Cambucazinho desenhado por Arthur Abreu é muito simpático, você não acha?
Que tal imprimir a imagem para colorir?


Que é?


Quem está todo sorridente nesta foto?
É o Cambucazinho!!!
Mas em meio a cactos e suculentas ele está longe de casa. O que ele gosta é da umidade da Mata Atlântica. 

Que tal saber um pouquinho mais sobre o Cambucazinho?

O cambucá, ou cambucazeiro, é identificado cientificamente pelo nome Plinia edulis é da família Myrtaceae, como jabuticaba,  pitanga,  araçá, cebeludinha, grumixama e muitas outras frutas .
Ele é de uma família de fruta boa!






E um pouquinho mais sobre ele...

Nome popular: Cambucá, cambucazeiro
Nome científico: Plinia edulis

Onde vive:
Do Rio de Janeiro até Santa Catarina, na floresta
pluvial Atlântica (Mata Atlântica)

O que precisa para viver:                                                                                       
É uma planta bastante rara, encontrada em várzeas
aluviais e encostas úmidas, quase que exclusivamente no interior de mata primária densa.
(Traduzindo: é uma planta caprichosa, precisa de água e sol não muito forte e direto)                                                                                                                                                                                                                                  
Quando floresce e frutifica:
Floresce a partir do final de outubro, estendendo-se até dezembro. Os frutos amadurecem de janeiro até março, sendo o clímax da safra  em fevereiro.

terça-feira, 10 de maio de 2016

História de um Cambucazinho

“Como toda história assim começa, a nossa não diferente seria...
ERA UMA VEZ, em uma floresta bem, bem, bem pertinho daqui, um Cambucazinho que vivia triste, adoentado e afastado de seus amigos.
Que doença será essa que abate nosso amigo?
Onde estará o Cambucazinho?
O que farão os seus amigos para encontrá-lo e ajudá-lo?
Vamos seguir a trilha do Cambucazinho e seus amigos, com os olhos bem abertos, com os ouvidos bem atentos e com um coração bem quentinho onde possa germinar a amizade.
Escute estes sons que vêm da floresta... Nossa história já vai começar!                 Música dos passarinhos pequeninos, cri-cri dos grilos, ssi-ssi-ssi das cigarras, algazarra das maritacas, ir e vir das formigas... O vento bate nas folhas e o sol, que aparece lentamente pelos raios filtrados nas folhas mais altas, vai aquecendo de mansinho a floresta não mais adormecida.
E assim, a floresta vai acordando lentamente, mas não da forma como acontecia todos os dias. O despertar de hoje é agitado, ansioso e curioso.
O chamado do Bio Bugio alerta a hora do encontro marcado.
Corre Tatu Tutu, corre Tia Cutia que pega a Paca Zita atrasada. O Beija-flor Lolô dá um voo rasante e acorda Dora, a Coruja que já começava dormir. A família de Tião Caxinguelê vem trazendo seu café da manhã.A bicharada vai chegando, uns com sono, outros eufóricos ou curiosos, mas todos muito preocupados. Durão Besouro não sabe se voa baixo ou alto, se vai para direita ou para esquerda! Todos se apressam para não perder a hora marcada por Bio Bugio, que já estava em alerta, nos galhos da Velha Bandarra.”  
História de um Cambucazinho
Fabiana Corrêa
Editora Nitpress, 2012

Quer saber como a história continua?


Tecendo Histórias Encantadas

Gosto de letras, fios e cores. E também de mato, mar, deserto, árvores e bichos.
Por isso ando pensando que o que gosto mesmo é de cerzir letras com fios coloridos em uma paisagem bem diversa.
  
Escrevo para pessoas de qualquer idade, mas tenho um gosto especial em escrever histórias de árvores e de bichos para crianças.

Em Tecendo Histórias Encantadas irei compartilhar meu universo de histórias infantis através do que escrevo e apresentar um pouco sobre a natureza real das minhas personagens. Por aqui também vão aparecer, vez ou outra, algumas atividades para serem impressas em casa ou na escola, para que os leitores possam passar um pouco mais de tempo com as minhas histórias.

Mergulhe comigo e boa viagem!